sábado, 17 de dezembro de 2011

#MemeDasAntigas – Meu melhor dia de 2011




Entra ano, sai ano e a vida não para de surpreender a gente, não é mesmo? 

Quando foi dia 24 de setembro, eu resolvi que queria ir ao Rock in Rio, dali a uma semana exata. Só tinha um pequeno porém: os ingressos haviam esgotado cinco meses antes. Uma conversa com um amigo que também queria ir e também estava sem ingresso foi o gatilho para a minha vontade virar força de vontade. A partir daí, comecei uma busca doida não por um, mas por dois ingressos para o Rock in Rio! 

Eu de cá e ele de lá, tentamos todos os métodos que podíamos: páginas no Facebook, amigos de amigos, sites na internet, agências de viagem. Cheguei a pensar em comprar R$300 de Coca-Cola no Martplus para ganhar dois ingressos. Mesmo sem o bendito na mão, na quarta-feira comprei minhas passagens de ida e volta – de ônibus, para poder cancelar com até três horas de antecedência da viagem sem pagar taxas, caso fosse necessário.   

Foi só na quinta-feira (dois dias antes do evento, vale ressaltar) que eu finalmente consegui os ingressos, da prima de uma amiga de uma amiga, que havia desistido de ir. E a melhor parte: não por R$600 como algumas pessoas estavam cobrando, mas por bem pouco mais do que os preços originais, que haviam sido vendidos seis meses antes. Na quinta à noite enviei uma mensagem para meu amigo, confirmando que estava com os ingressos na mão. “Você é sinistra” foi a resposta (que eu adorei). 

Sexta-feira era o dia da viagem. Mas antes, eu tinha uma dinâmica de grupo de um processo seletivo para uma vaga de trainee que eu estava fazendo. Não passei na dinâmica, mas conheci uma menina que também estava indo para o Rock in Rio no dia seguinte. Como se não bastasse a coincidência, ela ainda era uma menina muito legal! Trocamos telefones e ficamos de nos encontrar lá. Ela, o namorado e os amigos seriam minhas companhias, já que meu amigo só iria chegar bem mais tarde. 

Esse dia do Rock in Rio não tinha nada de rock, mas tinha um monte de coisas que eu queria ver. Jorge Drexler, Erasmo Carlos, Frejat, Skank, Maroon 5 e Coldplay era o que fazia meus olhos brilharem.
Peguei o ônibus na rodoviária de BH de pilequinho, porque havia passado na despedida do Bonde da Índia e tinha tomado duas caipirinhas. Ou seja: dormi a viagem inteira. Cheguei no sábado de manhã e foi o tempo de dar uma descansada, tomar banho, almoçar e sair para a Cidade do Rock. Meu amigo havia me dado todas as instruções de como chegar lá de ônibus comum – e não o especial do Rock in Rio, pelo qual estavam cobrando R$35 – e eu, como por milagre, acertei o caminho todo!

Depois de três horas e meia, cheguei à Cidade do Rock. Dava para ter chegado a Juiz de Fora, mas cheguei na Cidade do Rock e justamente a tempo de pegar o inicinho do show do Jorge Drexler. Artista uruguaio, pouco conhecido no Brasil, dividindo o palco com Tiê. Consegui ficar bem perto do palco e pude ver até os cabelos brancos do músico. Cantei Todo Se Transforma como se não houvesse amanhã.

Apesar de meio descrente que ela fosse mesmo querer me encontrar, liguei para a menina da dinâmica de grupo e qual não foi minha surpresa quando nós, de fato, nos encontramos no meio daquele infinito de pessoas! Surpresa maior ainda quando descobri que não só ela era muito legal, mas o namorado dela também e os amigos também! Passei com eles a tarde, até a hora de encontrar meu amigo atrasado.
A essa hora, os shows do Palco Mundo já haviam começado. Com Frejat, cantei todas as músicas; com Skank, tirei a camisa e rodei, junto com a galera; teve Maná; e aí veio o Maroon 5 e, com ele, o Adam Levine e sua irresistível presença de palco. Ninguém diria que não eram a atração principal. Aliás, para mim, eram. Mas, de bônus, a noite ainda reservava o show do Coldplay, com o qual me surpreendi. Juro que não esperava tanto espetáculo. Eram lasers, telões, balões e tudo sendo visto por uma horda de fãs extasiados, que cantavam cada pedacinho da música. Para encerrar, Every Teardrop is a Waterfall, que colocou uma coroinha dourada no meu Rock in Rio 2011.

O dia já estava bom demais como estava, mas o destino ainda não tinha se cansado de me ajudar. Amigo e eu estávamos prontos para caminhar durante horas e horas e pular de transporte público em transporte público até terminarmos exaustos e felizes em nossas casinhas, quando aparece uma van – até hoje acho que era clandestina – com exatamente dois lugares, indo exatamente para onde precisávamos e pelo mesmo valor que iríamos gastar do jeito mais difícil. 

Meu sábado de Rock in Rio terminou no domingo, às nove da manhã, ainda comigo sem acreditar no que havia sido aquela semana. O dia 01 de outubro não foi espetacular somente por causa do Rock in Rio e seus ótimos shows. Aliás, acho até que isso foi secundário. O que faz desse dia especial foi toda a conjunção de fatores que fez com que tudo desse certo e a realidade fosse ainda melhor que o planejado; foi a nova amiga que fiz, em circunstâncias nada prováveis; foram as minhas companhias para esses shows; foi as coisas terem saído exatamente como eu queria que tivessem sido. O que fez do dia 01 de outubro o melhor de 2011 foi perceber que, sim, life’s a bitch. Mas às vezes ela pode te dar bola.

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PS: Se você leu este texto até aqui, muito obrigada! Sofro de verborragia e algumas vezes sinto dificuldade em controlar minha síndrome. 

PPS: Meme das Antigas. Já sabe, né? Clica na imagem no início do post para saber detalhes, postagens futuras, participantes e coisetal.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

#MemeDasAntigas – Meu pior dia de 2011

 
13 de novembro de 2011. Ele havia marcado de ir na minha casa buscar o restante das coisas dele que ainda estavam lá. A televisão que ele tinha comprado pra gente, o home theatre, algumas roupas, coisas da moto... Não que esse dia tivesse chegado como uma total surpresa. Aliás, o dia 13 foi, na verdade, o desfecho de uma tragédia anunciada.

O primeiro sinal veio quando, depois de voltar de viagem, encontrei ele cheio de dúvidas e inseguranças, querendo dar um tempo. Tantas tinham sido as nossas tentativas sem sucesso de nos acertar e de aparar as arestas que concordei que valeria a pena tentarmos mais isso. Mas ele mudou de ideia. Depois eu mudei de ideia e, no meio de tantos desencontros, o que se desencontrou foram os interesses. Durante o tempo que demos, percebemos que não estávamos mais nos fazendo felizes, por mais que passássemos ótimos momentos juntos e que sentíssemos um carinho infinito pelo outro. Mas, de repente, não conseguíamos mais atender às expectativas que tínhamos. De repente, não era mais suficiente. 

Ele chegou e, antes de começar a recolher os pertences, começamos a conversar. Ele sentado em um sofá, eu no outro. Que estranha aquela falta de intimidade com alguém que, semanas antes, dividia comigo a cama, o copinho das escovas de dentes, as compras do supermercado, a vida. Que vazio.

Foi ele quem começou a falar. Me disse um monte de coisas de cuja conclusão foi “é melhor a gente terminar esse namoro”. Concordei. Concordei com tudo e com a conclusão também. O que mais me doeu foi que, depois de anos, estávamos enfim de acordo sobre alguma coisa: era melhor terminar aquele namoro.

Racional como sou, achei que as coisas fossem ser mais fáceis. Achei que a dor fosse ser menor. Achei que, sabendo que estávamos fazendo o melhor para nós dois, fosse conseguir lidar com mais facilidade. Mas quando atinei, estava com a cara inchada de tanto chorar, nariz entupido, cabeça doendo. Não acompanhei ele até a garagem. Ajudei a carregar as coisas até o elevador, fechei a porta e abracei o Otelo. Falei pra ele que “agora somos só você e eu, viu, preto”. Terminei o dia cortada ao meio.


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PS: Dividi o post de hoje do Meme das Antigas (que, originalmente, era o melhor e o pior dia de 2011) porque, por não ter falado desse assunto antes, achei que ele merecia um tratamento especial e, colocá-lo junto com o melhor dia tornaria o post muito longo. Além disso, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. :)



PPS: Mais detalhes sobre o Meme e os temas futuros, junto com as datas, no blog do Max (é só clicar na imagem no início do post).

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

#MemeDasAntigas – Minha música favorita em 2011

 
Já vou logo avisando: você não vai ver Adele aqui, sinto muito. Não que eu não goste dela, mas Adele está longe de ser minha preferida. Acho que, sim, ela tem uma voz incrível e canta com muita sensibilidade. Mas não consigo deixar de achar que essa voz toda é desperdiçada com aqueles arranjos que beiram a Clarice que canta.

Esclarecido de quem não é a minha música favorita este ano, vamos começar a roubalheira no Meme, mais uma vez. Ah, gente, é que um ano é muito tempo e é impossível ficar com uma musiquinha só para ser a favorita do ano inteiro! Proponho, então, um Top 3 canções de 2011 na minha opinião:

1)    Estive lá e vi ao vivo e bem de perto. Esta é a prova cabal que a competência técnica e um senso estético musical refinados transforma qualquer música em uma boa, uma ótima música. Deliciem-se com esta versão de Tiê e Jorge Drexler para – pasme! – Você Não Vale Nada Mas Eu Gosto de Você:





2)    Não é porque o Adam Levine é uma graça. Não é porque eu pegava ele fácil na micareta. Não é porque ele é um charme no palco. Moves Like Jagger está na lista porque é uma delícia. Porque eu adoro o refrão e o assovio do inicinho. Porque me dá alegria!





3)    Como não amar as músicas desse cara, que transformam qualquer dia em sexta-feira? Com vocês, Mika:

#MemeDasAntigas – Meu livro favorito em 2011


Fiquei mediamente satisfeita com a minha média de leitura este ano. Apesar de elas terem ficado concentradas no segundo semestre – quando eu tive algum tempo que pude chamar de “livre” para dedicar à leitura – consegui ao menos retomar o ritmo e o hábito de leitura, coisa que – não duvide – se perde mesmo quando não se tem a leitura no cotidiano.

Dentre os livros deste ano, foi o último lido que me arrebatou o coração. Foi de Ricardo Somocurcio e de sua menina má que fiquei refém e a quem dediquei toda uma tarde de domingo para saber onde iria terminar aquele amor de tantas caras e de tantos lugares. É de Travessuras da Menina Má (Mario Vargas Llosa) que estou falando.


A história de Ricardo Somocurcio e da menina má é contada com doçura por Vargas Llosa, que contextualiza sua obra no cenário mundial. É pelos olhos de Ricardito que vemos os movimentos revolucionários no Peru dos anos 50, a Paris dos anos 60, a Londres hippie e anti-guerra dos anos 70. É com o olhar dele que vemos a menina má se transformar e assumir suas tantas personalidades. 

No início, fiquei irritada com Ricardo e sua devoção incondicional à menina má. Cheguei a ter a máxima “Ricardo Somocurcio, você me irrita” como um mantra, que ecoava na minha cabeça no ônibus, no caminho para o trabalho, no banho. Mas ao final da leitura, terminei sentindo um pesar profundo. Uma compaixão por Ricardito e pela menina má, que sofreu brutas consequências por suas escolhas.

Sei que um filme, livro, série é muito bom/boa quando tenho uma sensação de vazio ao terminá-lo/a. Assim, basta dizer que me senti órfã de Ricardo Somocurcio e de sua menina má quando cheguei ao ponto final.
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PS: Parei com as desculpas por atrasar os posts do Meme das Antigas. Se desculpar uma vez é aceitável. Duas, é ok, mas na terceira já passa a ser sem-vergonhice! Mas com o fim do ano – e minha viagem para “casa” – chegando, estou me vendo cheia de tarefas. Assim, vou tentar manter tanto a assiduidade quanto os prazos no meme, mas quando não der... vai no dia seguinte mesmo!


PPS: Já sabe, né? Post do Meme das Antigas. Para outros participantes, mais informações e temas futuros, é só clicar na imagem no começo deste post. 

sábado, 10 de dezembro de 2011

#MemeDasAntigas – Um vídeo do Youtube em 2011


Ói lá eu atrasada no Meme das Antigas de novo! Mas, gente, tenho justificativa: quinta-feira foi dia de comprar a maioria dos presentes de Natal. E o fiz no BH Shopping (sem mais.). Ontem eu fui terminar de comprar os presentes de Natal. No centro de Belo Horizonte. Já mencionei que estamos em dezembro e nesta cidade chove incessantemente nesta época do ano? E à noite fui trabalhar. Convenci sobre meus motivos para ter atrasado a postagem?

Desculpas Justificativas dadas, tenho a dizer que não ter postado o vídeo do Youtube no meme ontem foi uma boa coisa. Afinal, ontem mesmo vi o vídeo que acabou se tornando o meu preferido de 2011. Foi gravado em Bolonha, cidadezinha italiana onde morei por oito meses em 2007/2008 e da qual morro de saudades diariamente. Mas, além de evocar todo tipo de sensações boas em mim, esse vídeo ainda tem a vantagem de ser em stop motion, técnica de que eu gosto muito. E a música é boa! Assiste, gente:


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Mais um post do Meme das Antigas, gente. Já foi no Pequeno Inventário de Impropriedades ver quem mais está nessa? Para dar uma passada por lá, é só clicar na imagem no início deste post. Tá valendo a pena, viu?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

#MemeDasAntigas – Meu site/blog preferido em 2011



Ela tem 30 anos, é jornalista, feminista, bem resolvida e tinha como meta transar com 100 homens em 2011. Queria colocar suas experiências em um blog, num misto de diário, caderno de recordações e serviço de utilidade pública – mostrando às mulheres que uma vida fora dos moldes seapaixonar-namorar-casar-terfilhos-serfeliz é possível. Também tratou de outros temas, alheios às suas aventuras sexuais, mas sempre dentro da temática da sexualidade e, com isso, tocou em muitos tabus. Não se furtou a desabafar nem a reclamar sobre seus inúmeros haters, que transformavam os comentários em um cenário dantesco.

No meio do caminho da empreitada, porém, descobriu que não seria possível bater a meta. O motivo: os homens falam mais do que fazem. E reduziu o número inicial pela metade. Quisera ter sido esse o único impedimento para que ela levasse ao fim seu projeto de ir para a cama com 100 homens diferentes em um ano. Mas ela enfrentou outras dificuldades: desemprego, questões sérias de saúde, a lembrança de uma tragédia na família, o término de um namoro e, por fim, uma crise depressiva. Ufa! Se é problema demais para mim, que me encaixo bem no perfil que essa moça tem, imagino que também seja para ela.

Diante de tantos percalços, o blog acabou virando toda uma outra coisa. Deixou de tratar de sexualidade e assumiu muito mais seu caráter de diário, falando sobre depressão, as dificuldades que as pessoas têm em lidar com um depressivo, a solidão, sobre suas frustrações e revoltas. Mas continuou prestando um serviço: mais comum do que se imagina, a depressão ainda é encarada como “frescura”, “falta de uma pilha de louça pra lavar” ou “carência afetiva”. Assim, um espaço aberto para a discussão do tema e onde as pessoas podem se informar mais sobre o assunto é muito útil.

Introdução feita, deixo vocês com o Cem Homens, por Letícia F. (que, espero, se recupere rápido e leve a cabo os conselhos que recebeu de virar colunista de sexualidade para alguma publicação, ou que continue escrevendo sobre o tema no blog mesmo).




Vou dar uma roubadinha no Meme e vou falar também sobre um outro blog, este que já mora no meu coração há anos! É o Championship Vinyl, do amigo querido Rob Gordon, que ganha menção honrosa neste post. Leio o Champ desde 2007 e, nessa época, ele me fazia companhia na vida às vezes sozinha de intercambista. Nestes quatro anos, vi fases muito diferentes do Champ – que refletem, automaticamente, fases diferentes do próprio Rob. Nos últimos meses, vi uma fase triste, que não gostaria de ter visto. Mas é com uma felicidade genuína que vejo o Champ – e o Rob – voltar aos bons e velhos tempos, com posts sobre o cotidiano muito bem temperados com a sensibilidade e o humor ácido desse escritor que adoro. Com vocês, o novo velho Championship Vinyl:



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Este post faz parte da blogagem coletiva Meme das Antigas, promovida pelo Max Reinert. A proposta é as pessoas fazerem um balanço de 2011, espantar os exús e concentrar as boas energias para 2012. Para saber mais sobre o Meme, os participantes e os temas que estão por vir, passa lá no Pequeno Inventário de Impropriedades (link na imagem no início deste post).

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

#MemeDasAntigas – Meu filme preferido em 2011




Estou atrasada, eu sei. Mas sabe como é, né: antes tarde... que mais tarde! Rs Além do mais, ontem houve vários posts do Meme das Antigas, então foi bom guardar alguma coisa para as pessoas lerem hoje (desculpa de peidorreiro mode: on).

Enfim. Hoje é dia de falar do meu filme preferido em 2011. Apesar de ter visto alguns filmes legais este ano e de ainda não ter assistido a Os Muppets ou ao A Pele que Habito, não há dúvida: o título vai para Harry Potter and the Deathly Hollows – Part II. Um filme que encerra uma história que marcou uma geração. Um filme que me faz ter uma tonelada de coisas em comum com meus melhores amigos. Um filme que traz escolhas muito acertadas de um diretor com uma sensibilidade ímpar para o clima que o livro retrata. Um filme com indiscutível qualidade técnica e estética.

Esperei para ver a última parte da saga de Harry Potter como todo pottermaníaco: com ansiedade. Próximo ao lançamento do filme nos cinemas, já sabia que seria demitida do emprego em breve. Assim, fiz da ocasião um momento solene: seria, ao mesmo tempo, o encerramento de um ciclo, uma catarse e uma homenagem à minha – de certa forma – qualidade de pessoa livre. Na minha primeira quarta-feira de desempregada, na sessão das três e pouca da tarde, lá estava eu, compartilhando com mais algumas pessoas uma sala quase vazia.

Logo no início do filme, a primeira vez que o dragão que guarda o cofre de Gringotts aparece foi a senha para que eu começasse a chorar. Daí para a frente, meu pacotinho de lencinhos de papel foi meu companheiro de filme, mais do que o balde de pipoca e o de refrigerante que havia comprado antes de entrar para a sala do cinema.

Sem saber, Harry Potter assistia comigo ao início do fim de um ciclo da minha vida.



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Este post é uma participação na blogagem coletiva do Meme das Antigas, em que vários blogueiros farão uma retrospectiva deste ano que estamos terminando. Para saber mais sobre o meme, os participantes e os futuros temas, basta acessar o Pequeno Inventário de Impropriedades (link na imagem no início deste post).

sábado, 3 de dezembro de 2011

#MemeDasAntigas – Mas 2011 ainda não acabou, ainda vou tentar...



Sete anos de namoro. Sete anos sem sair pra balada para dançar porque o então namorado não curtia esse tipo de programa e, apesar de nunca ter ligado que eu fosse sem ele, minha opção sempre acabava sendo abrir mão da balada e ficar na companhia dele. Eis que ontem resolvi retomar minha vida de jovem solteira e fui pra buátchi com azamygha.

Lugar lindo, música ótima, bar bem variado. Encostei no balcão e pedi para o barman “um drink que venha naquele copão. Pode escolher um pra mim, só não coloca anis, nem faz muito doce e nem muito amargo”. Vi ele misturar vários alcoólicos e, no fim, colocar suco de laranja e de abacaxi. Vi os drinks das minhas amigas acabarem e meu copão ainda estar pela metade.
Não satisfeita com o pilequinho adquirido, resolvi ir ao bar e pedir outro drink no copão. Mesmo esquema: o bartender escolhe, nada muito doce nem muito amargo, abominamos anis.

Novamente, vi o moço misturar vários alcoólicos e, no fim, colocou um chorinho de Coca e um dedo de energético. Ao terminar a mistura, ele olhou pra mim e fez o fatídico sinal de “tá fudida!”. Perguntei a ele o que tinha ali dentro. Rum, vodka, tequila, whisky, Coca e energético foi o que ele respondeu, mas tenho certeza de que ele também colocou uma lágrima do Capeta dentro daquele copo.

Já no primeiro gole largo, sentir o lugar rodar. Mas a situação estava sob controle enquanto eu estava de pé e me movimentando na pista de dança. Foi quando entrei no taxi, tendo ingerido quase um litro de coquetéis, que percebi a gravidade da coisa. Para dar uma noção do tamanho do estrago, tenho a dizer somente que às 09h30min, quando fui levar Otelo no petshop, eu ainda estava bem zonza. Às 11h52min, quando fui buscá-lo também.

Diante do cenário descrito acima, amigos, o que eu ainda vou tentar em 2011 é curar esta ressaca, que é minha única grande preocupação no momento.



PS: Perder 3kg é uma meta de vida. Eu SEMPRE quero emagrecer 3kg, então pode pôr na lista de coisas que eu vou tentar fazer até o fim do ano também.

PPS: Para saber mais informações sobre o Meme das Antigas, quem está participando e os temas futuros, basta dar uma passadinha no Pequeno Inventário de Impropriedades (link na imagem no início deste post).

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

#MemeDasAntigas – Peraí... 2011 tá acabando?




Comecei este ano com o pensamento fixo nas minhas férias, que já estavam marcadas para junho. Seis meses de um primeiro semestre que sempre passa se arrastando, com previsão de grandes desafios (sem hipocrisia de RH, eram desafios mesmo) no trabalho e muita, mas muita encheção de saco pela frente. Estarei mentindo se disser que esses meses passaram rápido. Passaram nada. Janeiro foi eterno e já abriu as portas de 2011 com os dois pés no peito. Fevereiro foi só o pior mês de que tenho recordação em todos os tempos. Aí vieram março, abril e maio, todos chatos e longos e arrastados e... zzZZzzzZz...

Finalmente, junho chegou e trouxe minhas férias. Mas antes, trouxe a notícia que seria o marco zero do pior inferno astral que eu já tive, tanto pelo fato de ter sido turbinado com seis meses de duração quanto pelo que me reservou. A tal notícia foi nada menos do que o anúncio de que eu seria demitida após voltar das férias. O motivo declarado: “incompatibilidade de perfis”. Durante um tempo, eu cheguei a comprar a ideia, agora já tenho outra opinião sobre o assunto.

Do anúncio da minha demissão em diante, foi uma pica atrás da outra. Várias. Enormes. E nem as férias foram poupadas – afinal, bater o carro alugado e ter que pagar o conserto de R$2.000,00 não está exatamente dentro dos meus itens da lista “diversão”. Por outro lado, o segundo semestre, sim, voou. Junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro são grandes borrões de tempo, dos quais me recordo somente em partes e quando parece que a vida ficou estacionada. Não fiquei desesperada, porém. Desanimada, algumas vezes, mas desesperada nunca.

Aí, de repente, eu vejo que começou a chover em BH. Aquelas tempestades tropicais que esta cidade sabe produzir tão bem. Aqueles dias em que você olha pela janela de manhã e está chovendo; olha a janela à noite, antes de dormir e ainda está chovendo. Durante dias. Me lembrei de quando Laura – amiga italiana querida – morou aqui em casa e nos fazíamos companhia nesses dias de chuva. Batíamos papo, jogávamos conversa fora, contávamos nossos projetos, nossas vontades, dividíamos nossos problemas e nos confortávamos nas angústias. E nós moramos juntas nos últimos meses do distante 2009.

Hoje choveu. Aliás, hoje choveu mais do que o esperado para todo o mês de novembro em Belo Horizonte. Um pé d’água fazendo tanto barulho que me impedia de usar o telefone no trabalho (porque agora eu tenho um trabalho. #todascomemora). Aí lembrei que em Belo Horizonte chove muito no fim do ano. Aí percebi, de uma vez, que estamos no fim do ano. Aí me dei conta que 2011 está, realmente, acabando. Ainda bem.

Meme das Antigas 2011 – full version promised!




Ano passado, lá no longínquo 2010, este blog começou a participar do Meme das Antigas, iniciativa muito legal do Max Reinert. Mas a autora deste blog é uma relapsa incorrigível (hopefully not forever ) e largou a empreitada pelas metades.

Este ano, porém, o Meme das Antigas volta à blogosfera (acho brega falar “blogosfera”) para eu ter a chance de me redimir e também para fazer o balanço e exorcizar este ano que, hmm, deixou a desejar – para dizer o mínimo.

Assim, mais tarde tem o primeiro post do meme para nozes (“as árvres somos nozes”). Let the preparation for 2012 begin!