sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Day in the Life

Quatro dias depois do grande show da minha vida, acho que somente agora minha ficha está começando a cair: EU VI UM BEATLE AO VIVO! Estou ouvindo as músicas da setlist e só agora as lágrimas me vêm aos olhos, relembrando cada momento da apresentação. O show que começou com Magical Mystery Tour e levou a platéia ao delírio já nos primeiros acordes ainda guardava muitas surpresas, mesmo para os que haviam decorado toda a setlist.

Seguida de Jet e, logo depois, de All My Loving, o Morumbi veio abaixo pela segunda vez em menos de 15 minutos. Nessa hora – como diria Rob Gordon – eu já queria ir lá fora comprar outro ingresso com um cambista, porque os R$160 que eu paguei no primeiro já tinham sido gastos.

Em um show em que todo o público sabia de cor até os péon-péon-péon-péeeiinnn dos riffs das guitarras (agora brilhantemente tocadas por Brian Ray e Rusty Anderson), não se podia esperar mais do que um clima ótimo: todos os que estavam ali queriam realmente estar ali e se esforçaram para isso; várias gerações – dos tiozões de 60 e poucos anos até garotinhos de sete ou oito – curtindo as mesmas músicas e nem sombra de qualquer tipo de confusão. Até a chuva, que começou a cair em São Paulo por volta das 15h30, colaborou com a noite e parou por volta das 21h.

A banda de Paul McCartney também é um show à parte, com destaque para o multi-instrumentista e também diretor musical da banda Win Wickens, que é uma orquestra de um homem só. Trazendo teclados, metais e cordas para dentro de um palco que abriga somente cinco músicos, ele dá a graça de uma série de cações como Let ‘em In, por exemplo. Outro destaque é Abe Laboriel Jr., baterista que abandona as baquetas em Dance Tonight para realizar uma elaborada (#not) e simpática coreografia no fundo do palco.

Mas, depois disso tudo, devo dizer que o que mais me impressionou foi a simpatia e a gentileza de Paul McCartney. A gente reconhece um verdadeiro lord inglês quando vê um. Com um repertório de frases em Português que fugia – e muito – dos tradicionais “Oi! Tudo bem?” e “Obrigado” com sotaque carregado, Paul (e já me permito a intimidade) ainda se desculpava com a platéia quando queria expressar alguma coisa que não estava em sua cola de frases em Português. Com “Esta música eu escrevi para minha gatinha Linda, mas esta noite ela é de todos os namorados”, foi ovacionado e arrancou de todos aquele sorriso de compaixão misturado com ternura. Distribuiu elogios à platéia (“vocês são ótchimos!”, “vocês são maravilhosos!”, “you are great”) e teve a delicadeza de não criar rivalidade entre o público dos dois shows, de segunda-feira e de domingo (“You have been a great audience. You and yesterday’s audience have been great audiences. It’s a pleasure for us. “).

Com a chegada do segundo bis, todos os presentes sabiam que o once in a lifetime show estava para acabar. Mas Sir Paul McCartney ainda fez questão de preparar os corações daquele mundaréu de gente, como um avô que prepara o neto relutante para dormir. “Agora nós vamos embora”, e foi respondido com um sonoro “Noooo!”.

- “Sim, nós vamos embora.” E novamente, “Nooo!”.

- Don’t you want to go?”

- “Noooo!”.

- “Yeah yeah yeah but we have to go, get back to the hotel, and also you have to get back to the places where you came from”.

Não era mais possível argumentar. Assim, assistimos – e cantamos – felizes à adaptação de Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

“Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club Band, we hope you have enjoyed the show…” E o sentimento geral de quem deixava o estádio do Morumbi com trechos variados das músicas apresentadas nas quase três últimas horas era, sem dúvida, “Thank you, Sir”.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

É hoje! (ou Isto e Aquilo)

Aniversário, mais um ano chegando no meu calendário, e dessa vez me peguei fazendo um balanço de mim enquanto dirigia para o trabalho. Chego à conclusão que, no fim das contas, tudo está relacionado ao trabalho: não faço todas as coisas que gostaria (capoeira, canto, percussão, artesanato, ir a mais shows, encontrar mais amigos, viajar mais, cinema etc etc etc) porque o trabalho me toma muito tempo; ainda moro em BH porque trabalho aqui; não me caso com o Namo porque não ganho o suficiente para isso no meu trabalho.

Comecei a pensar também que quero mudar isso. Mas mudar para onde? Pensei em ir para São Paulo tentar a vida, ganhar mais dinheiro, trabalhar menos (porque em qualquer lugar eu vou trabalhar menos do que as minhas atuais 50 horas semanais), poder juntar oficialmente as escovas de dente com o Namo. Mas tenho casa aqui em BH, tenho o Namo em BH, tenho meus pais no Rio com um negócio recém inaugurado precisando de mão de obra para ajudar a tocar.
Pensei em sair do meu trabalho e procurar um ramo que me realize mais, como cultura, por exemplo – mas aqui em BH... Pensei em agüentar mais um pouco e partir para a arriscada manobra de abrir meu próprio negócio – de quê? Pensei que daqui a poucos anos vou querer ter filho(s) e não vou querer que eles sejam criados por babá/creche. Pensei na maldita hora em que a mulher deixou de poder trabalhar para ter que trabalhar.

Pensei, pensei e não resolvi nada. Até agora, só sei que quero trabalhar menos (ou em horários mais flexíveis, ou trabalhar de casa), ganhar mais dinheiro e me divertir mais.

Mas não quero um aniversário com climão. Quero comemorar, rir, possivelmente encontrar meus amigos, jantar com o Namo e estrear nossos jogos de hashis que comprei na Liberdade. E, de sobremesa, o meu doce preferido desde que sou pequenininha dos últimos tempos:


Lajotinha: o primo rhyco do Bis

Dois, Um!

Pessoas que não têm disciplina não deveriam se propor a fazer uma contagem regressiva, eu sei. Mas no meio da contagem regressiva teve São Paulo, e teve o show do Paul, e teve eu ontem ficando no trabalho até as 20h19. Mas vou colocar os itens da wishlist mesmo assim, porque eles valem além do aniversário.

O item da contagem “dois” da lista não foi possível naquela data, mas vai ficar guardado para uma próxima ocasião. O que eu mais queria na minha terça-feira em São Paulo era tomar café da manhã com a Sílvia e com a Lívia, almoçar com o Rob e lanchar com os Explosions e com a Carol, que estão em SP. Com a viagem corrida, falta do número de telefone da Sílvia, Lívia doente, um almoço desmarcado e o medo de não chegar a tempo no aeroporto, não deu para fazer nada disso. Mas fica o registro para a próxima vez que eu for à cidade.

O “um” é uma coisa que já existe, mas não exatamente do jeito que eu quero. Eu quero um relicário que caiba todas as boas lembranças, as pessoas queridas, os sabores que eu quero provar para sempre, os pequenos momentos de todo dia de felicidade. Quero um relicário que seja meio Room of Requirement e que, ainda por cima, dê uma compactada nas coisas todas para eu não ficar carregando tipo infinitas toneladas no pescoço.

Porém, na ausência desse relicário específico, eu também ficaria bem contente com um desses:



domingo, 21 de novembro de 2010

Três!

O presente de hoje é até sacanagem. Sabe aquela cousa assim nunca-achei-que-isso-fosse-ser-possível? Os outros itens da wishlist que me perdoem, mas esse é o presente mais especial do ano. Quem sabe até da década dos 20, já que minha viagem à Disney e minha primeira à Itália ainda estavam na casa dos 10.

Depois de algumas semanas de espera, ansiedade (claro) e ensaios, vou finalmente retirar meu vale presente.


Para já ir entrando no clima do show, que vai ser só à noite, o momento mais esperado por mim:


Quatro!

Este ano fiz um curso de automaquiagem. Descobri que, tutto sommato, até que eu já sabia me maquiar direitinho, mesmo antes do curso. Mas, se teve uma coisa que percebi nos cinco dias me montando no Senac é que bons pincéis de maquiagem fazem toda a diferença.

Como nos meus 26 eu pretendo ser uma mulher disciplinada e passar minha maquiagem básica todos os dias Apesar de eu já ter desistido de me maquiar todos os dias, quero que, nas poucas vezes em que eu quiser ficar com cara de arrumada (ou de “oi, acordei assim”), tudo pareça ter sido feito no salão. Para isso, vou precisar de bons pincéis de maquiagem, como estes:




Até poderia ser um super kit exagerado assim, mas nem precisa:


Bom também seria um kit de bolsa, para carregar todas as inúmeras uma-vez-na-vida-outra-na-morte que eu precisar dar uma retocada fora de casa. Ah, e vale para viagens também, porque ninguém merece carregar uma segunda mala só de pincéis.


Uma boa opção (porque não basta ser bom, tem que parecer bom e também ser bonito, sorry) é esta. Pincéis de cerdas naturais e ainda por cima vêm em um estojo loosho!

sábado, 20 de novembro de 2010

Cinco!

Faltam só cinco dias para eu estar mais perto da casa dos 30 do que dos 20. Dia 25 é meu aniversário e meus 26 anos estão vindo aí. Ao contrário do ano passado, em que eu estava em uma vibe desanimada e só comemorei oficialmente com mamãe, papai e o namo, este ano estou numa vibe boa aniversário. Tanto, que a partir de hoje, vou fazer uma contagem regressiva aliada a uma wishlist de coisas materiais e outras nem tanto que eu gostaria de ganhar de presente.

Mas, antes de partir para as coisas que eu quero, preciso fazer jus às coisas que já ganhei. Meu primeiro presente, de mim para mim mesma, foi este:



Na verdade, esse é o vale presente, que será devidamente retirado no dia 22, e está sendo aguardado ansiosamente.

O segundo presente de aniversário que eu ganhei foi este, dos meus coworkers <3:



Conjunto de blusa e bolerinho da Espaço Fashion da cor que eu mais gosto no momento e, ainda por cima, de corujinhas! Impossível não amar de paixão!

Dois presentes de responsa, que serão bem acompanhados pelos próximos, a começar pelo primeiro item da minha wishlist:



Percebi que guardar as maquiagens todas bagunçadas em uma necessaire (mesmo sendo uma bem grande) faz tudo estragar mais rápido. As coisas que são compactas quebram, as que são em pó sujam, os estojos arranham e fica tudo com cara de velho e mal cuidado. Pensei até em comprar uma maleta de ferramentas, que cumpriria o papel direitinho, mas e o gramú, onde fica? E, falando em glamour, se achasse uma maleta bem vintage bem linda, cheia de divisórias para eu organizar minha vida das maquiagens seria sensacional.

Amanhã tem mais wishlist e mais preparação em clima de aniversário.