Depois de uma manhã de muita, mas muita briga com a Vivo por causa de uma conta errada, saí para o almoço. No restaurante, sentei em uma mesa ao lado de duas pessoas – homem e mulher – que pareciam ser colegas de trabalho. Ela, muito natural, falando de uma relação recém terminada. Ele, olhando intensamente no fundo dos olhos dela, com a mão quase na mão dela em cima da mesa e participando muito interessadamente na conversa.
Eles falavam muito baixinho, mas consegui ouvir ele perguntando “Mas você acha que terminou mesmo?” com ares desinteressados, mas que escondiam uma grande esperança. Ela, alheia ao que provocava na cabeça dele, falava que ele tinha cílios lindos e declarava que, um dia, ainda faria implante (sim, isso existe). E ele respondia que não sem palavras.
O problema é que ela via nele um amigão. E ele via nela “a nora que mamãe queria”. Vi que ela nunca iria entender daquele jeito. Fiquei aflita. Terminei de comer rápido, peguei meu brigadeiro, levantei da mesa e vim para o trabalho, imaginando que futuro terá essa história.
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