Tudo começou com uma tossezinha na quinta-feira. Lembrando da última vez em que tossi – e terminei dois dias depois com Benzetacil na bunda – achei melhor recorrer logo à indefectível colherada de mel com própolis à noite. Mas aí lembrei que não podia: exame de sangue no dia seguinte.
Tinha colocado o despertador para as seis e meia da manhã (“Melhor fazer esse exame logo cedo e poder tomar café de uma vez”), mas muito antes disso já estava acordada. Aquela dorzinha característica nos joelhos e nas costas não era bom sinal. Mantendo meu otimismo peculiar, achei que pudesse só ter dormido de mal-jeito.
Na hora de levantar, o diagnóstico: “É... tá foda”. Coloquei a primeira roupa quente que vi no zoneiro (que aqui em casa não tem esse nome à toa) e me arrastei até o laboratório. Fiz o exame, tomei o café-da-manhã de lá (fatia transparente de bolo, nano-sanduíche e 30ml de tang de laranja) e me arrastei de volta pra casa. Daí para a frente, foi só ladeira abaixo.
Passei o resto da manhã no sofá, saindo dele às vezes para tomar água ou ir ao banheiro. Por volta da hora do almoço fui para o trabalho. Na primeira olhada que minha chefe me deu, disse assertivamente: “Vai embora! Melhor você ir do que ficar aqui me passando essa sua ziquezira!” Não havia como rebater um argumento desses. Me arrastei até em casa e repeti o programão que havia feito de manhã. Só que dessa vez, adicionei alguns MM's de amendoim, já que o Tylenol começou a fazer algum efeito e eu via uma luz (na verdade, parecia mais um led) no fim do túnel.
No fim da tarde, dá-lhe febre! “Garçom, uma dose de Tylenol, por favor. Sem gelo, mas com um copo extra de água.” Dormi cedo, na expectativa de acordar melhor no dia seguinte. O gato que afiava as unhas na minha garganta carregava também a plaqueta escrita ATTEMP FAILED.
Sábado à tarde e minhas perspectivas de sair à noite eram próximas de zero. Para não arriscar a levar a maldita Benzetacil, nem cogitei uma baladinha de leve. Mas não me dei por vencida, e um pouquinho depois da hora do almoço fui a uma festa junina, bem família. Clima ótimo, comida gostosa – eu ainda sentia cheiros e gostos, companhia divertidíssima. Foi o que salvou o fim-de-semana.
Agora, eis-me aqui: chocolate, filme, ainda Tylenol, Namo – que em um ato de heroísmo busca água para mim a cada 40 minutos e não tem medo de ser infectado por esse X-vírus-mutante-Transformer-antiheroe. Domingo de gripe é assim: da corrida em que o Rubinho ganhou nove posições e chegou ao podium (!!!) até o Faustão, você vê de tudo. E a grande notícia do dia é que o termômetro agora marca só 37,2!
Mundo-cão!
4 comentários:
pelo menos durou só um dia hehehe
podia ser pior
ou podia ser como a luiza. fou derrubada por vírus, duas semanas depois por bacterias. e dpois por virus de novo. só faltou protozoario e fungo.
"nano-sanduíche e 30ml de tang de laranja" ohaoha ponto alto.
Concordo que o da Luíza foi pior. Bem pior.
Mas me desculpo se dei a impressão de ter sido um dia só! Esclarecendo, então, sem conseguir sair da cama, foram 3 dias! Cada um deles, marcado por um sintoma aberrante diferente. Ontem e hoje já consegui até ir trabalhar mas ontem estava com uma voz cavernosa e hoje, com uma tosse que dá nojo até em mim!
Kel kel kel! Tô rachando de rir, coitada de você, Jesus! Sábado passado eu fiz jejum de 12 horas eu pensei que ia morrer, pois tinha exame no sábado de manhã, para levar segunda ao dermatologista (tô tomando Roacutan). Terminei de tirar o sangue e comi tanto, mas tanto, mas tanto, que fiquei até tonto! "We will survive"!
Ixi... pelo menos seu chefe te liberou. Tduo bem que foi pensando mais nele, mas, ao menos, vc foi pra casa!
hahahah
Bjos!
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